09 março 2015

Lápide

Por 
JOSYANNE RITA DE ARRUDA FRANCO
Médica e Escritora
Jundiaí - SP
josyannerita@gmail.com








LÁPIDE

Quando meus olhos não mais tiverem vida
e a sombra de outra tarde vestir a escuridão
eu quero estar a sós na grande despedida
e só depois da aurora recolham-me ao chão. 

Porque as horas brandas esquecerão intrigas
jogando ao solo fértil lembranças que se vão
ingurgitar de encantos a nova hospedaria
enquanto desce o corpo que abandonou paixão.

Assim é o fim de tudo... ocaso de uma vida!
Retalhos da memória que aos poucos evanesce
sem conceder descanso àquilo que não finda:

A prece que ainda vive é paz não consentida
perdão ao que restou, o laço que enternece
a vida enfim extinta... perpetuada messe! 




















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