23 janeiro 2015

Liberdade de expressão marcada

Por 
ALINE ANDRUSKEVICIUS DE CASTRO
Advogada e Estudante 
de Medicina
São Paulo - SP
rsna@globo.com 







LIBERDADE DE EXPRESSÃO MARCADA

Os militares invadiram as ruas e o Brasil foi manchado.
Jornalista, escritor ou cantor só escrevia o que era mandado.
A censura lançada e nem tudo era publicado.

Os espertos, a língua portuguesa, manipulavam de formas arriscadas.
Os descobertos, se houvesse tempo, fugiam senão eram torturados.
Muitas mortes até hoje não foram explicadas.

O comando militar em seu posto foi colocado.
Os políticos responsáveis saíram em retirada.
A sociedade com respeito foi tratada.
A censura ficou calada.

A liberdade de expressão determinada.
Mas então, o desrespeito foi questionado.
O limite foi colocado.
O negro, o pobre, o loiro não pode ser descriminado.

Charge publicada
Allah, Deus, Maomé intitulada
Sem respeito foi marcada
Com morte apresentada


Islã foi acusado
Do terrorismo apontado
Na defesa do Deus publicado
Comoção nacional e “eu sou Charlie” foi marcado





Não, a violência é falada
Islã incriminado
Bomba no lugar de turbante deve ser piada
Estrela na bunda de Maomé deve ser engraçado

Nossa Senhora chutada
Banana no campo lançada
Somos macacos foi publicado 
O pobre contestado

Não a censura deve ser lançada
Com liberdade de expressão controlada
Se tudo quer ler e escrever não se sinta agredido 
Quando alguém publicar o que te faz ofendido

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