04 junho 2014

Do giz à Internet

Por 
ROBERTO RAGO
Jornalista e professor de inglês
São Paulo - SP
erago@uol.com.br







DO GIZ À INTERNET

As novas gerações veem o giz como vimos a palmatória. A evolução tecnológica está muito presente na vida dos jovens e à disposição da educação buscando conseguir melhores resultados. 

As antigas professoras/mestras tinham de lutar apenas com um quadro negro e um pedaço de giz para passar os mesmos conhecimentos que as “tias” de hoje, que têm a seu dispor uma parafernália tecnológica que fazem com um “click” e certamente mantém o aluno muito mais interessado.

Um dos problemas mais evidentes é a supervalorização da forma em detrimento ao conteúdo que esvazia um pouco a eficácia dos infindáveis softwares de apresentação. Os suados seminários foram substituídos por cinematográficos “slide shows”, cheios de efeitos especiais, mas vazios em conteúdo. 

O que fazer para equilibrar tudo isso? Como tornar a tecnologia nossa aliada? 

A criança de hoje, capaz de manusear um “I-Pad”, facilmente tem de ser capaz de se localizar no tempo/espaço e de compreender a evolução histórica da humanidade, ou pelo menos de seu país. 


Poderiam ser criados “games” que matassem menos e informassem mais. Que tal transportar as caravelas de Cabral para as telinhas? Ou criar jogos cujos objetivos fossem atingidos através de cálculos matemáticos? Acabar-se-ia de vez com o estigma, que a maioria das mães tem, de que tais “apetrechos” só servem para jogar, afastando as crianças dos estudos.


NOSSOS ALIADOS

O computador e as redes sociais são aliados da educação, quando nos permitem pesquisar muito mais facilmente. Porém, o famoso “ctrl c / ctrl v” faz com que a criança nem leia o que está pesquisando. Nos tempos passados, era necessário carregar os pesados volumes da “Barsa” e copiar o resultado da pesquisa. Pelo menos se lia e copiava-se. E se nada disso funcionasse, pelo menos, exercitavam-se os músculos (como eram pesados aqueles livros!)

A Internet é uma ferramenta muito útil para se ministrar um curso de idiomas, por exemplo. Podem ser feitos “downloads” de filmes para se trabalhar vocabulário, pronúncia e gramática. Pode-se proporcionar aos alunos textos “up to date” de jornais do mundo inteiro. Conseguir contos ou até mesmo livros completos, apresentando-se um pouco da literatura.


Além dos “downloads”, a tecnologia permite dar aulas “on-line”. Hoje você pode otimizar o seu tempo tendo aulas durante as intermináveis horas desperdiçadas no trânsito. Você não precisa perder suas aulas durante as férias, podendo fazê-las refastelando-se ao sol das praias, bebendo “drinks” e saboreando petiscos.

E os professores têm seu mercado totalmente aberto, podendo atingir pessoas em qualquer lugar da sua cidade, ou estado, ou país, ou do planeta. Tudo é uma questão de adaptação.

Prós e contras, tudo e todos os temos. Como diz o velho ditado: “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose...”




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